A CONGREGAÇÃO



ORIGEM DAS CONGREGAÇÕES

Em 1563, em Roma, o Padre Jean Leunis, SJ, professor no Colégio Romano, organiza entre os alunos uma associação que propõe a seus membros, uma vida cristã exemplar e fervorosa, trabalho apostólico no ensino do catecismo, visita a hospitais e prisões, e especial devoção à Virgem Maria, caracterizando-se por uma rigorosa seleção dos membros e cuidado na sua formação, iniciativa que passou a ser imitada e seguida em outros Colégios dos Jesuítas na Europa e na América, com o nome de CONGREGAÇÃO MARIANA, que, apesar da supressão da Companhia de Jesus em 1773, continuaram a existir e novamente confiadas aos Padres Jesuítas em 1824, cuja Ordem havia sido restaurada anos antes.

CRONOLOGIA DAS CONGREGAÇÕES MARIANAS

1583

É fundada no Brasil, no Colégio dos Jesuítas da Bahia, pelo Beato Padre José de Anchieta, SJ, a primeira Congregação Mariana.

1748

com a Bula Áurea “Gloriosae Dominae”, o Papa Bento XIV enriqueceu as Congregações Marianas com especiais privilégios. Mesmo após a supressão da Companhia de Jesus em todo o mundo, as Congregações Marianas continuaram a existir

1773

Breve “Commendatissimam” do Papa Clemente XIV.

1870

31 de maio, é fundada no Colégio São Luís em Itú, estado de São Paulo a primeira Congregação Mariana no Brasil, depois da volta ao país em 1842, dos Padres Jesuítas, expulsos em 1759, pelo marquês de Pombal.

1909

Começa no Rio de Janeiro a revista ESTRELA DO MAR, que desde 1911, passa a ser o órgão oficial das CCMM em todo o Brasil.

1924

é fundada em São Paulo, a primeira Federação Mariana com abrangência estadual.

1937

é fundada no Rio de Janeiro, a Confederação Nacional das CCMM do Brasil.

1948

no segundo centenário da Bula “Gloriosae Dominae”, o Papa Pio XII, pela Constituição Apostólica “Bis Saeculari” (BS), deu às Congregações Marianas o que passou a ser sua Carta Magna.

1967

no impulso renovador que aconteceu nas associações religiosas após o Concílio Vaticano II, a Federação Mundial das Congregações Marianas, reunida em Roma, propôs uma modificação substancial das Regras Comuns, aprovadas pela Santa Sé em 1587 e atualizadas em 1910, substituindo-as pelos Princípios Gerais e as Normas Gerais, bem como a mudança do nome para Comunidade de Vida Cristã(CVX), para marcar a volta as origens da Espiritualidade Inaciana. Aceitos provisoriamente e, depois de 31 de maio de 1971, de modo definitivo, pela Santa Sé, esses documentos sofreram várias modificações sucessivas, sendo a última aprovada por Decreto do Pontifício Conselho para os Leigos, em 3 de dezembro de 1990.

1970

por ocasião do 7º Encontro Nacional dos Dirigentes Marianos em Juiz de Fora, estado de Minas Gerais, as CCMM do Brasil se filiam à Federação Mundial das Comunidades de Vida Cristã – “CVX”, aceitando suas Normas e Princípios Gerais, resolvendo, porém, permanecer com o nome tradicional de CONGREGAÇÃO MARIANA, configurando-se, a partir de então, o declínio lendo e progressivo no número de Congregações Marianas e de Congregados (*).

1988

o Conselho Mundial das Comunidades de Vida Cristã, mantendo o reconhecimento das Congregações Marianas no Brasil, admitiu também a representação, naquele Conselho, das primeiras Comunidades de Vida Cristã que, como tais, já começavam a existir no País. Criou-se assim, uma dupla presença do Brasil naquele Conselho Mundial, através de associações que funcionam completamente independentes uma da outra.

1991

na Assembléia Nacional realizada em novembro em Aparecida, estado de São Paulo, aprovou um novo Estatuto da Confederação Nacional, no qual há uma referência explícita a uma Regra de Vida a ser elaborada, a qual, substituindo em âmbito de Brasil, os Princípios Gerais e as Normas Gerais, fizesse das Congregações Marianas do Brasil uma associação religiosa de leigos, autônoma, com a marca característica da devoção mariana, como sempre foram e continuaram sendo no Brasil. Esta decisão teve aprovação do Assistente Eclesiástico Nacional das Congregações Marianas, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Dom Eugênio Sales.

O NOME

O nome CONGREGAÇÃO MARIANA é muito mais rico de significado do que se possa imaginar e define de modo claro, o que devemos e queremos ser. “Significa que somos uma ASSOCIAÇÃO DE LEIGOS”, e não um movimento religioso, constituído de cristãos que se reunem livremente, para viver e crescer na fé e na vida da graça, obedecendo a uma determinada REGRA DE VIDA, com uma espiritualidade bem definida. Além disso, procuram esses fiéis, de modo organizado, realizar seu trabalho apostólico em plena obediência e sintonia com a hierarquia, em espírito de união e plenamente sintonizado com as orientações da igreja: ‘Sentire cum Ecclesiae’.
O que une os Congregados entre si é sua definitiva CONSAGRAÇÃO a NOSSA SENHORA. Ser Congregado, hoje, é ser livre de todo individualismo, todo espírito sectário ou qualquer ambição pessoal, na vida da Congregação. É ter consciência de que cada um de nós é um Consagrado. Nossa vida de Congregado Mariano não nos pertence mais, porque a oferecemos a Deus, com alegria, generosidade e gratidão, pelas mãos imaculadas da Virgem Maria, a quem nos consagramos. Esta consciência de identidade própria da Congregação Mariana deve ser nossa força e a base de nosso crescimento interno e de serviço à Igreja. Estreitando os laços de fraternidade, de colaboração e apoio a outras Associações e Movimentos tão próximos de nós na Igreja, poderemos participar através de um trabalho de conjunto com que o Espírito Santo, que cada dia enriquece a Santa Igreja, com a multiplicidade de seus dons e carismas.”

CONGREGAÇÃO MARIANA NO BRASIL

Os Congregados Marianos do Brasil podem ser reconhecidos nas reuniões ou celebrações da Igreja pela fita que pende do pescoço da cor azul (cor litúrgica da Virgem Maria), em cuja extremidade está uma medalha prateada com a imagem do Nosso Senhor Jesus Cristo de um lado, de outro a da Mãe Santíssima, a Virgem Maria.